Quando inconsciente
arrastava minha ignorância com a soberba de quem sabe tudo.
Quando consciente
respeito minha ignorância. Há tantos aspectos de mim que ainda não sei. Há tantas
frestas a serem desvendadas.
Quando observo
meu estágio na vida, vejo claramente que ainda tenho muitas resistências, e por
mais que queira esmiuçar, sei que existem partes de meu Ser que não
vislumbro sequer um raio de Luz.
Há muito a
saber, relembrar, mas o mental não tem suporte. São informações além dessa
realidade, então agora escolho aceitar.
Aceito não saber
tudo.
Aceito não saber
nada.
Aceito que sei
um pouco nessa realidade.
Aceito que posso
transcender através do Amor/Luz minha condição nessa experiência.
A resistência é
um elástico, quanto mais seguramos, mais pressão fazemos, e o resultado é
óbvio.
Não é que queira
resistir, mas acontece inconscientemente.
Dizem que, o que
a pessoa resiste, persiste.
Quando tenho
medo de sofrer, sofro por antecipação. Sofro antes, durante e depois, pois o
ato de vibrar nessa emoção atrairá mais da emoção para vivenciar. É ciclo
vicioso, então, sou repleta de vícios, sem comentários, prefiro não os enumerar.
Então lá estou eu, elástico esticado, na pressão, e quando não aguento mais,
solto. O que fazer se em algum
lugar de mim eu ainda penso que tudo sei? Pois, se dizia que estava aceitando,
a resistência me mostrou o contrário, as manifestações demonstraram a verdade.
Rendição
Render-se é entregar-se.
É como estar
numa estrada carregando fardos pesados e num determinado momento parar e
entregar o peso a alguém bem mais apto e sabedor.
Render-se é se
deixar fluir. Bonito né? Trabalhoso também.
É liberar-se de
saber o que é o melhor.
É parar de vãs
quereres nessa realidade temporária e transitória.
É abandonar-se à
Luz.
É olhar com
respeito e compaixão nossos ditos “defeitos” e não se julgar, não se culpar. Compreender
que há uma razão para sua existência, e que aquilo que não desejamos em nós
(olha aí a resistência de novo, danadinha) faz parte de nós, e nos amarmos acima
de tudo.
Namastê.
Ana Di Paula
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fique a vontade para, respeitosamente, informar sua opinião.
Desde já agradeço o contato.
Ana Paula