quarta-feira, 16 de março de 2016

AUTORIZAÇÃO PARA SER FELIZ



Num mundo repleto de senhores, os escravos vivem por todos os cantos sem serem reconhecidos.
Com todo tipo de dependência os tiranos buscam aprisionar cada vez mais o povo desse lugar.
Uma vida subumana é a realidade de muitos. O que será deste mundo desviado? Em sua órbita dizem que o lugar se melhorará, pois está escrito. Mas onde está a melhora, se todos os dias só mostram acontecimentos ruins, atitudes vergonhosas e vis?
E muitos ainda acreditam que a melhora descerá dos céus e separará o joio do trigo.
Há um tempo atrás um visionário veio e disse: “O melhor não é daqui” e partiu. Até hoje há controvérsias do fato e da fala. Mas o que poderemos fazer para ajudar esse mundo? Em sua realidade ele tem belezas. Em sua realidade ele tem feiuras, muitas ocasionadas por seus perdidos habitantes.
Há como recompor algo em decomposição? Ou é melhor deixar o processo chegar ao seu clímax para descobrir o que surgirá?
Aufe, nosso personagem vive nesse lugar, amedrontado e a espera de sua autorização para ser feliz.
Disseram-lhe que um dia o rei lhe daria, mas que enquanto não, teria que viver sua miserável vida.
Não entenderam que ele precisava de respostas, procurava com tanta determinação que era conhecido como o “buscador”. E em suas perguntas começou a obter respostas, mas precisava de confirmação e por isso ficou também conhecido como “o louco”. Mas para Aufe isso não era uma coisa tão ruim, pois preferia ser chamado de louco do que ser o que fora antes, um conformado. Continuaria sua procura, mas agora não mais pedindo auxílio de outros. Suas perguntas seriam respondidas, e as respostas passariam por outros crivos de avaliação. E lá se foi a perscrutar seus pensamentos e inquietações.
Certo dia estava bem próximo de fechar com chave de ouro um conceito, quando de repente lhe perguntaram: por que você precisa de uma autorização para ser feliz? Nossa, que susto ele levou!
Primeiro, porque estavam interagindo de uma nova forma, e também por que perguntaram algo que nunca passara por seu pensamento.
Resposta: Todos esperavam a autorização, e isso era o normal.

Quando buscamos nossas respostas é quando descobrimos que somos capazes de obtê-las.
E lá se foi nosso pensador...
Diante de tal inquisição descobriu que não era feliz, e constatou que além de não ser diziam-lhe que isso estava fora de seu controle.
Descobriu que uma inverdade manipulava toda a sua vida.
Ficou perplexo com tamanha descoberta, mas ela precisava passar pelo crivo. E assim o fez. E as descobertas foram se processando... 
Descobriu que numa realidade em que o único mundo que existe era o dele, então ele era o senhor do seu mundo, nessa mesma situação o único ser capaz de autorizá-lo a ser algo, era ele mesmo.
E a luz brilhou diante do fato: “O melhor não é daqui”. O visionário dizia que a verdadeira melhoria não estava fora, nessa realidade mutável, e sim dentro de cada um.
Nosso buscador constatou que não precisava de autorização para nada, e se precisasse ele mesmo se daria. 
Nosso buscador descobriu que encontrara o que tanto tinha procurado: a Luz Interna que clareia o caminho de todos que a procuram como fonte primordial da vida.
E agora nosso personagem não vai mais a fila esperar por sua autorização.
Agora ele grita pros quatro cantos do mundo que “somos livres para sermos o que quisermos ser, conscientes ou não, isso é uma questão de escolha”.

Namastê.

Intuística


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Ana Paula