Isso
não é de Deus! Cheguei a pensar dessa forma enquanto estava no meio do furacão.
A
tempestade que me assolou foi tamanha, nada ficou no lugar, tudo estava
revirado. Minhas certezas tinham se perdido na bagunça, e eu em vão as
procurava.
Quem
eu sou?
Realmente
nomes não importam, mas posso lhe adiantar que em parte sou igual a você: uma
pessoa perdida no caos de uma vida totalmente conturbada por tantas situações a
assimilar. E caso você não esteja como eu, não sei se lhe dou os parabéns ou os
pêsames, por que ou você está consciente ou inconsciente nessa bagunça toda.
Bem, o
que importa é que estamos vivos e podemos fazer melhor da próxima vez.
O meu
caso é o seguinte: estava numa viagem, e disseram-me que algo não estava bem. Alertaram-me
de diversas maneiras, mas eu acreditava que aquele era o caminho, e nada nem
ninguém me impediria de continuar, mesmo que internamente eu também sentisse
que algo precisava melhorar; nesse momento eu tentava tapar o sol com a
peneira. Já ouviu esse provérbio? Já imaginou fazer isso? É o que muitos de nós
fazemos quando estamos diante de um problema que não conseguimos vislumbrar
solução.
Lembro-me
quando menor em sala de aula eu ouvia: acharam a solução do problema? E muitos
levantavam as mãos com suas referidas respostas.
Hoje
penso que depois de adulta comecei a acreditar que não haveria solução para o
problema, e isso me constrangia a um nada como ser humano. Sentia-me um zero à
esquerda.
A
tempestade que atravessei foi de Deus.
Enquanto
estava no meio da situação a única preocupação era continuar viva.
E a tribulação
passou. Rastejava procurando meus restos. Triste fim.
Quando
tentamos catar nossas mazelas para nos recompor ficamos piores do que éramos. É
como tentar fazer um jantar com o resto do almoço.
Aí,
como por encanto descobri algo ao mesmo tempo maravilhoso, e de tão grande
amedrontador. Pode isso? Pode.
Eu que
nunca quis sair da mesmice por achá-la “segura”, vi-me diante da inconstância
da vida e surpreendi-me com tamanha beleza.
Descobri
que tudo o que eu fui não me servia mais.
E
escolhi ser o que disseram que eu poderia ser, e que era desde sempre meu
direito: Escolhi
ser livre.
Mas
essa escolha que parece simples, e realmente é, também pode ser complexa em
relação as suas consequências, mas quer saber? Vale a pena.
Nunca
vi um livre desejar ser escravo novamente.
Quando
escravos não somos capazes de escolher; somos levados pela tirania de uns, ou persuasão
de outros. Mas quando livres somos o único senhor existente em nosso mundo, e
quanto mais consciência da Vida mais livres somos.
Hoje
só tenho a agradecer pela tempestade.
Creio
que ela surgiu porque o desejo de mudança era intenso e só através de tamanha
tribulação eu seria capaz de aceitar os acontecimentos como foram.
Agora
eu sou um ser livre. Capaz de escolher, e consciente de minhas escolhas.
E como
é maravilhoso quando vejo o quanto me tornei melhor através da
tempestade.
Quer
saber? Não tenho mais medo de tempestades.
E aconselho:
Não temas.
Ela só
vem para transformar para melhor nossa vida, e se ela chegou é por que somos capazes de transpô-la e sairmos vitoriosos disso tudo.
Por isso Parabéns.
Por isso Parabéns.
Namastê.
Intuística

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Ana Paula